Fernanda Vargas, filha de pai boliviano e mãe cearense, nascida e criada nas bordas da zona sul de São Paulo, mãe do Taiguara e mulher de luta, é pesquisadora com mestrado em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC, com a tese "Bixiga-Mombaça: entre lugares, percursos e memórias” (2019), onde investigou a presença de muitos nordestes, na região do Bixiga (SP), conhecido pela presença italiana, reivindicada na sua memória negra e indígena. Nesta pesquisa realizou também a viagem do Bixiga para Mombaça (CE) e Sobral (CE), estendendo a área da pesquisa a partir das relações entre estas cidades. Em 2015 fundou, com Daniel Fagundes, a “Caramuja - pesquisa, memória e audiovisual” onde dirigiu o documentário "Oxente Bixiga" (2021), com Daniel Fagundes extrapolando a pesquisa mencionada acima, para caminhos que somente no audiovisual seria possível percorrer. O filme participou da mostra de longas do Festival Internacional de Caruaru (2021) Foi produtora do documentário “O olhar de Edite” (2021), dirigido por Daniel Fagundes, sobre Dona Edite, mulher negra, migrante mineira em São Paulo, que passou por movimentos sociais de base e que no começo dos anos 2000, perdeu a visão e foi se adaptando a enxergar pelos olhos da poesia, tornando-se diva do sarau da Cooperifa. Antes foi co-roteirista no documentário “A primeira boca, a primeira casa: relatos sobre o novo batuque de umbigada” (2015), realizado pela Associação Cultural Cachuera! e dirigido por Daniel Fagundes.